Grupo de Estudos do Território e de História Urbana

O Grupo de Estudos do Território e de História Urbana nasceu em 1988 e, já com a sua denominação atual, obteve no ano de 2002 reconhecimento pelo Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Vinculado acadêmica e institucionalmente ao IPPUR-UFRJ, insere-se na linha de pesquisa "Planejamento, História e Cultura" desse Instituto. Reunindo professores, doutorandos, mestrandos, técnicos associados e graduandos de diversas áreas disciplinares e instituições brasileiras, o GESTHU conta com o apoio financeiro do CNPq e da FAPERJ. Dedicados à análise do papel desempenhado pelos assentamentos urbanos na estruturação de territórios sob uma perspectiva histórica, os pesquisadores buscam entender a natureza das intervenções dos agentes sociais e do Estado no espaço a partir de registros dos programas de ação governamental e privada de modo a comporem um repertório dos diversos empreendimentos, dos atores e das lutas travadas. Trata-se de um esforço coletivo no intuito de contribuir para uma teoria da urbanização. Concordando com Revel de que o espaço é produto das atividades dos homens que o habitam e cada uma dá nascimento não a um, mas a uma família de espaços sucessivos, às vezes contemporâneos e rivais, percebem-se lacunas na historiografia acerca da fundação e da extinção de povoações, do emprego dos patrimônios fundiários, da abertura das redes de comunicação, da definição das fronteiras e das políticas de controle nas implantações públicas e privadas, isto é, o "fazer lugares" que serviram aos interesses da metrópole portuguesa e posteriormente aos do país. Entendendo lugar, de acordo com Milton Santos, como a soma de pedaços de realizações atuais e do passado, e face ao elo entre lugar e esquema de ocupação, no GESTHU procura-se verificar por meio de minuciosas buscas o papel desempenhado pelas instituições responsáveis pela hegemonia, gestão, codificação jurídica e administração dos recursos espaciais; as permanências e as inovações administrativas, normativas e técnicas do urbanismo e do planejamento; e identificar os principais protagonistas e ideários da ordenação - o que significa revelar os discursos, escritos ou não - e a natureza do desenho político de base regional tendo como arena exemplos brasileiros. São estes os objetivos gerais do GESTHU no qual se propõe o conceito de urbanização articulado a povoamento, à conquista e a projetos de intervenção para a "invenção de territórios" (e não necessariamente nação, segundo Hobsbawm). O Grupo desenvolve estudos neste campo interdisciplinar interrogando as experiências político-territoriais e urbanísticas. Destacam-se os temas da polaridade urbano-rural e da história dos aglomerados (entendidos como artefatos), dos ideários e das lógicas de organização do espaço em diversos períodos da história do país.

janeiro cidade fluminense colonial judeu planejamento imperial provincia freguesias propriedade