Desenvolvimento, Trabalho e Ambiente

O núcleo de pesquisa Desenvolvimento, Trabalho e Ambiente (DTA) foi criado em 2014 com o objetivo de fazer confluir debates e tradições acadêmicas até então pouco conectados, integrando os temas da mudança social induzida por processos de desenvolvimento econômico, da centralidade do trabalho e dos papeis de trabalhadoras, trabalhadores e sindicatos em tais processos, e de sua imbricação com o ambiente natural no que diz respeito aos impactos e modalidades de ação coletiva por eles impelidos. O grupo privilegia uma abordagem interdisciplinar, capaz de promover a articulação entre os campos da antropologia e da sociologia e suas tradições analíticas e metodológicas. Dessa forma, é caracterizado por uma forte orientação empírica, evidenciada em etnografias, estudos de caso, trabalhos comparativos, dentre outros, acerca: de conflitos centrados em processos de trabalho em diversos setores econômicos; de disputas materiais e simbólicas em torno de bens comuns e/ou naturais e de sua apropriação social; assim como de processos territoriais de transformação de estruturas socioeconômicas relacionadas a tais conflitos. De outro lado, defende um enfoque analítico centrado na multiescalaridade da agência e da estruturação dos fenômenos sociais em face da globalização econômica. Dessa forma, busca reforçar o caráter mutuamente constitutivo da produção e da reprodução socioeconômicas, desde a casa à corporação transnacional; e da criação e da "destruição" dos bens, partindo da "fábrica", passando pelos consumidores e chegando às "zonas de sacrifício". O DTA aborda, dessa forma, os fenômenos relativos ao desenvolvimento, ao trabalho e ao ambiente a partir dos significados concorrentes e das relações de poder estabelecidas entre diferentes grupos sociais, articulando uma compreensão socioantropológica e multiescalar da mudança social no Brasil contemporâneo.

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