Laboratório de Pesquisa em Interfaces Cérebro-Computador

Nos últimos anos, o desenvolvimento da neurociência e da tecnologia de computadores, tornou possível a interação entre a atividade cerebral e a operação de computadores e outros artefatos, criando um canal de comunicação direto entre mente e maquina. Uma interface BCI não invasiva é um sistema que traduz a intenção do usuário, codificada por uma atividade neural, e normalmente gravada através de EEG (o principio do eletroencefalograma), em sinais de controle, sem usar qualquer músculo ou nervo periférico. Os principais projetos hoje existentes, são voltados para permitir que pessoas com severas limitações motoras, controlem, por exemplo, cadeiras de rodas ou outro artefato, possibilitando sua reinserção na sociedade como força de trabalho. Atualmente as interfaces BCI baseadas em EEG, são limitadas por uma baixa taxa de transferência e baixa relação sinal/ruído para os sinais gerados pelo cérebro. Contudo, já foi mostrado que a analise de sinais EEG em combinação com técnicas estatísticas de "machine learning" e projeto inteligente de interação, é suficiente para permitir a humanos fazerem uso efetivo dessa tecnologia. Atualmente o trabalho da equipe está dividida em duas linhas: a construção de um hardware próprio, de baixo custo junto a um sistema de aquisição e processamento de dados; e a utilização de um headset comercial para implementação de uma interface BCI para o programa microFênix (também desenvolvido no NCE). O microFênix é uma ferramenta que simula o uso do mouse e teclado, possibilitando a ativação de programas e funções no ambiente Windows por portadores de deficiência física grave.

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